cotidiano


Descrição de chapéu violência Rede de agiotas do PCC é alvo de operação da Promotoria em SP Operação Khalifa foi batizada em referência a fotos de viagens dos suspeitos a Dubai 'com ostentação'; nove pessoas foram presas, duas estão foragidas
  • benefício do assinante

    Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

    benefício do assinante

    Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

    Já é assinante? Faça seu login ASSINE A FOLHA

    • Copiar link
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

7.mai.2024 às 11h03 Atualizado: 7.mai.2024 às 16h49

  • Ouvir o texto

Paulo Eduardo Dias São Paulo

O Gaeco, grupo de atuação contra o crime organizado do Ministério Público de São Paulo, e a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (7) uma operação contra suspeitos de integrarem uma rede de agiotagem da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Nove pessoas foram presas.

Segundo a Promotoria, os investigados faziam empréstimos a juros abusivos, que “chegavam ao patamar de 300% ao mês”. Quando os devedores não honravam os pagamentos, eram ameaçados e extorquidos pelos suspeitos. Alguns dos inadimplentes foram agredidos e ameaçados com armas de fogo, aponta a investigação.

A apuração do caso começou há cerca de um ano, após o Ministério Público receber uma denúncia anônima. De acordo com o promotor Frederico Vieira Silvério, a facção criminosa está se sofisticando na forma de conseguir dinheiro.

“A gente tem desde indivíduos com longo histórico criminal, roubo, tráfico, receptação, como indivíduos que ingressaram na facção e se especializaram nesse tipo de agiotagem”, disse Silvério.

O grupo emprestava tanto a pessoas físicas quanto diretamente a empresas. Dezenas de milhões de reais teriam sido emprestados no esquema —segundo a investigação, no ano passado uma parte do grupo emprestou mais de R$ 20 milhões. As regras do empréstimo envolviam uma contraprestação mensal e também uma taxa diária cobrada dos devedores.

Entre os suspeitos, segundo a investigação, havia uma divisão de tarefas com operadores dos empréstimo e pessoas que captavam os clientes. As vítimas, em sua maioria empresários que precisavam captar dinheiro, eram avisadas que estavam obtendo valores emprestados do PCC.

“Nessa cobrança, como forma de fortalecer ameaças e coação, havia a indicação de que eram pessoas do PCC. O nome era utilizado para deixar as pessoas subjugadas, com medo”, disse a promotora Flávia Flores, do Gaeco de Guarulhos.

O grupo atuaria na região do Brás, na região central de São Paulo, e no Alto Tietê. A Justiça expediu 11 mandados de prisão na capital, em São José dos Campos e em cinco municípios da região do Alto Tietê —Mogi das Cruzes, Arujá, Suzano, Poá e Santa Isabel. Além disso, houve 17 mandados de busca e apreensão.

ic_save

ic_share

Leia Mais Ícone fechar

Voltar

Voltar

Voltar

Compartilhe

Dois suspeitos estão foragidos. Entre os presos, há um líder de facção.

Um dos suspeitos foi detido em uma rodovia em Santa Catarina enquanto viaja para o Rio Grande do Sul, supostamente para fazer doações. Ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal. O homem detido chegou a fazer algumas postagens em uma rede social mostrando um jet ski que seria utilizado no estado atingido pelas cheias.

“Foi localizado em Santa Catarina, mais uma vez pelo sistema integrado de segurança pública. De pronto nós conseguimos contato com a Polícia Rodoviária Federal que prendeu o indivíduo”, disse o coronel Valmor Racorti, da PM.

O homem, que seria empresário, possui residência em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Como ele não estava no local, em um primeiro momento ele foi considerado como foragido, sendo localizado posteriormente na região Sul do país.

Os policiais estiveram no imóvel e, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, encontraram cocaína, munição e 11 relógios (dois deles eram da marca Rolex).

No total, a Operação Khalifa resultou na apreensão de seis armas de fogo com os suspeitos —um fuzil Taurus T4, uma espingarda, quatro pistolas (calibres 9mm e 38)— e munições de diversos calibres, segundo o coronel Valmor Recorti, comandante do Batalhão de Choque da PM.

Uma quantia total de R$ 65,9 mil —R$ 30 mil em dinheiro e outros R$ 30 mil em cheques— foi apreendida, além de joias, os relógios de luxo (das marcas Rolex, Michael Kors, Invicta, Helfiger, Bulova, Tag Helfiger, Breitling), 16 celulares, cinco computadores e documentos.

“A denominação da operação faz referência ao edifício Burj Khalifa, na cidade de Dubai, e às viagens internacionais que registradas, com ostentação, pelos investigados nas redes sociais”, disse o MPSP, em nota.

Colaborou Tulio Kruse

  • benefício do assinante

    Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

    benefício do assinante

    Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

    Já é assinante? Faça seu login ASSINE A FOLHA

    • Copiar link
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

  • ministério público
  • pcc
  • Polícia Militar
  • violência

sua assinatura pode valer ainda mais

Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha?Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui).Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia.A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!

sua assinatura vale muito

Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?

ASSINE POR R$ 1,90 NO 1º MÊS

  • Envie sua notícia
  • Erramos?

Endereço da página

  • https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/05/rede-de-agiotas-do-pcc-e-alvo-de-operacao-da-promotoria-em-sp.shtml
Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Termos e condições Todos os comentários Comente Comentar é exclusividade para assinantes.
Assine a Folha por R$ 1,90 no 1º mês
Compartilhar

  • Facebook
  • Twitter

Responda Denuncie